sexta-feira, 29 de abril de 2011

It's gonna be a long night!



Vejo tudo escuro… De repente começo a sentir uma sensação estranha, um aperto… Abro os olhos e olho em direcção ao relógio, 5h10! Será possível, o que se está a passar? Sinto de repente um aperto, é cada vez maior… Este passa num ápice para uma dor constante, intensa, incessante… Levanto-me de um salto só!
Está um silêncio profundo… Apenas ouço os meus passos de um lado para o outro, acendo a luz do candeeiro que se encontra na mesinha ao pé da cama! Tento não fazer muito barulho... Começo a deambular pela casa, quando será que vai passar? De repente ouço uns passos a vir na minha direcção! Estás bem? Não… E assim continuou toda a noite, aquela pessoa sempre ao meu lado, aquela pessoa que não dormiu por mim e que aguentaria muito mais se fosse preciso!
Enquanto todo este episódio se passava, resolvi sair do quarto… Já estava farta de ver as mesmas coisas, de me sentar nos mesmos sítios! Ao mudar de divisão da casa, ao mudar de ares, novos pensamentos me surgiram, novas dúvidas, novas perguntas… Uns atrás dos outros, enquanto me tentava abstrair e enquanto via as horas a passar, 6h00!
Pensei em mim, em ti, em nós, pensei na família, nos amigos, na escola, na VIDA! … Como se consegue uma harmonia perfeita de todas estas coisas? Todas nos fazem falta, todas nos completam… Mas para além disso, têm muitas outras características em comum! Todas nos acompanham ao longo dos dias, todas nos dão alegrias e todas nos dão tristezas… Será que as alegrias compensam as tristezas? Será que não há alturas da vida em que temos que fazer opções, em que temos que tomar novas atitudes, novas iniciativas?
Não sei bem em que pensar, em que acreditar! Será que as coisas são sempre assim como as pensamos, assim como as interpretamos? Porque é que num dia pensamos e sentimos que está tudo bem e no dia a seguir nada parece igual, não parecemos os mesmos, não sentimos o mesmo, não sabemos o mesmo? Terá mesmo algo mudado ou serão apenas invenções da nossa cabeça, inseguranças de nós próprios!
6h45! Aquele aperto começa a diminuir, a dor começa a cessar e a dar lugar a um alívio… Já não vale a pena voltar para o quarto, voltar para a cama… Tento agora fazer a íntima relação entre todos aqueles pensamentos e o estado em que me encontrava! Como é que ao estar assim ainda consegui pensar em respostas para todas aquelas perguntas?
Consegui e vou conseguir sempre! Porque, por maior desconforto que sinta, por maior dor que tenha… Nada se consegue comparar a dúvidas constantes que assolam a nossa cabeça! Perguntas às quais temos que parar para pensar, parar para lhes dar resposta, para lhes dar um rumo… E mesmo que não as consigamos resolver, pensamos em várias hipóteses de resolução… E se sozinhos não conseguimos, nada melhor que pedir ajuda! Nada melhor que recorrer apenas àqueles que nos podem esclarecer, àqueles que têm a resposta a todas estas perguntas!
7:30h! Tudo passou, já está na hora de me despachar… Mais um dia que vai agora ter início, um dia como todos os outros… Um dia em que não surgirá nada de novo, nada de interessante! Um dia em que até as frases lidas, as palavras ouvidas, os receios passados já não são os mesmos! Um dia como os que tenho passado recentemente, mais um em que nada percebo, em que nada esclareço… mais um que vai passar e no qual vou continuar a pensar: afinal está tudo bem?
Um dia ganharei coragem!


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